O Judaísmo é uma religião e uma cultura de legado. Os rituais por si só mostram a importância que o legado desempenha na tradição. Todo Shabat, o dia de descanso judaico, famílias acendem duas velas, simbolizando dois atos: lembrar e guardar. Esses dois verbos podem ser a motivação por trás da maioria dos rituais judaicos. Judeus se lembram de onde vieram, e evitam esquecer como esse legado os moldou hoje. Alguns comentaristas rabínicos veem a lembrança e a guarda como os dois caminhos para uma vida responsável..
Uma vida responsável refere-se ao papel que desempenhamos na vida. Temos um papel a viver; também temos um papel a lembrar. Se enfatizarmos um, estamos incompletos. Se estudarmos o passado e nunca aplicá-lo, esquecemos suas lições. Se vivermos no presente e ignorarmos o passado, esquecemos novamente suas lições. Portanto, voar na vida, precisamos das duas asas da vida, lembrando e guardando.
Seguindo esses dois caminhos, então, é o motor da sobrevivência judaica, resiliência. A resiliência torna-se o poder de superar os triunfos da vida e construir a partir desses triunfos para os próximos níveis da vida. Passo a passo, pedra por pedra, Os judeus vêem a geração atual preparando a próxima geração para sua chegada. Um conceito frequentemente citado usado para descrever este processo é tikkun olam, um termo místico judaico que significa, “para reparar o mundo.” Tikkun olam é muitas vezes a resposta para a razão pela qual o mundo foi criado; a humanidade tem o papel de pegar a criação e torná-la inteira. Através de atos diários de sobrevivência e triunfo, a alma judaica abre o caminho para que toda a criação seja inteira.
Muitos alemães, austríaco, e outros judeus europeus fugiram dos seus países como refugiados e estabeleceram-se em Washington Heights. Antes de escapar ou ser libertado, eles foram submetidos ao momento mais sombrio da humanidade e ansiavam pelo significado por trás da violência sem sentido. Comunidades antes vistas como casas agora eram desconhecidas; amigos se tornaram inimigos. O mundo virou a cabeça contra os judeus. A esperança parecia um preço muito caro para ter, mas muitos judeus continuaram a ter esperança. Significado, para eles, um dia chegará.
Uma vez na América, eles continuaram a examinar seus sofrimentos maiores e tentaram encontrar um significado por trás de suas vidas. Muitos tinham a culpa do sobrevivente. Outros perguntaram por que estou aqui? Não encontrando respostas, eles viviam buscando consolo na reparação do mundo ao seu redor. A motivação deles era conectar-se com a comunidade ao seu redor e torná-la mais forte. Hitler e seu regime trouxeram isolamento; eles trarão conexão. Hitler deveria desconectar os judeus do mundo; eles conectarão os judeus ao mundo.
Quando os enlutados são recebidos por familiares e amigos, sempre que os falecidos são mencionados, o costume é abençoar o falecido com as palavras, “Que seus nomes sejam uma bênção.” Esta frase refere-se a ver suas vidas como modelos inspiradores e transformar experiências difíceis em forças fortalecedoras. Os sobreviventes do Holocausto fizeram das suas comunidades e famílias destruídas uma bênção pela resiliência nas suas vidas. Nas palavras da canção popular, Sou Yisrael Chai, o povo de Israel vive.
Entrevistas judaicas capturadas e narradas por Jack Womack, um escritor americano e fotografia de Roy Rodriguez, o Y lembra e guarda o legado judeu-alemão de Washington Heights, apresentando histórias de vida de inspiração e sobrevivência. Nenhuma história pode revelar os horrores do Holocausto, mas uma comunidade pode contar sobre sua sobrevivência.
Para se envolver no projeto, entre em contato com Victoria Neznansky emvneznansky@ywashhts.org
Por David Huggins
